A Ministra dos Combatentes, Josefina Mpelo, visitou recentemente o Centro de Interpretação, localizado na Praça dos Combatentes. A governante instruiu os gestores do Centro a promover exposição que retrate rigorosamente o papel da mulher na Luta de Libertação Nacional.
 

A Ministra dos Combatentes, Josefina Mpelo, recebendo explicações no mural com os nomes dos combatentes que tombaram na luta pela independência de Moçambique.

Pouco mais de 300 pessoas visitaram, em Maputo, a Exposição Fotográfica e Feira de Livro, alusivos ao “Mês dos Heróis” e ao “Mês da Mulher”, organizada pelo Ministério dos Combatentes, através do Instituto de Pesquisa da História da Luta de Libertação Nacional (IPHLLN). A mostra, realizada no Centro de Interpretação localizado na Praça dos Combatentes, no Xiquelene, Cidade de Maputo, descreveu a participação da mulher no processo da Luta de Libertação de Moçambique, mais concretamente na frente de batalha, nas Zonas Libertadas, nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Tete.
Durante as comemorações dos dois meses da Mulher Moçambicana que coincidem com o dia 4 de Março, dia da criação do Destacamento Feminino, 8 de Março dia Mundial da Mulher, 16 de Março dia de criação da Organização da Mulher Moçambicana e dia 7 de Abril, dia da Mulher Moçambicana, mulheres filiadas a várias organizações sociais e instituições académicas visitaram a exposições para compreender, através de ilustrações, como a mulher contribuiu no passado para a construção e desenvolvimento de  Moçambique.    
 
Por outro lado, alunos de várias escolas da Cidade e Província do Maputo, turistas, académicos, investigadores e cidadãos de diversos estratos sociais escalaram o Centro de Interpretação para enriquecer o seu arcabouço intelectual sobre a história da Luta de Libertação Nacional nos seus diferentes momentos e dimensões. Os visitantes interagiram longamente com os documentalistas do Centro de Interpretação que os acompanharam nas visitas guiadas e produziram relatórios para fins académicos e de registo.
   A maior curiosidade, sobretudo nos alunos, foi a vida e obra de Eduardo Mondlane, arquiteto da Unidade Nacional, e de Samora Machel, o primeiro Presidente de Moçambique Independente, duas personalidades que se sucederam na liderança da Frente de Libertação de Moçambique, durante a luta armada contra o colonialismo português.Os visitantes questionaram igualmente como é que os guerrilheiros se movimentavam e transportavam material de guerra sem carros, onde arranjavam alimentos e como eram tratados os feridos em combate, perguntas que foram prontamente respondidas pelos guias da exposição. 
  
Ministra visita o Centro
Por outro lado, os estudantes da Escolas de Sargentos Alberto Joaquim Chipande, manifestaram o desejo de nas próximas vezes interagir com algumas das primeiras 25 meninas que ingressaram no Destacamento Feminino, entre 1966/67 ou outros combatentes que directamente viveram os factos.
Entretanto, com vista a aferir o nível da organização do Centro com vista a responder as solicitações dos visitantes, antes do arranque da exposição, a Ministra dos Combatentes, Josefina Mpelo, realizou visita de monitoria ao Centro de Interpretação, tendo instruído o IPHLLN para divulgar e levar a exposição para outras partes do país.
Destacou que a exposição sobre as realizações e participação da mulher no processo da luta de libertação de Moçambique deve transmitir mensagens do nacionalismo e do patriotismo, valorizando desta forma o sacrifício consentido por aqueles que deram o melhor de si pela independência de Moçambique.   
 
Documentalista do IPHLLN interagindo com os estudantes que visitaram a exposição no Centro de Interptreação da História da Luta de Libertação Nacional.
O Director-Geral do IPHLLN, Bernardo Nakatembo, garantiu na hora do balanço que a realização das exposições fotográficas e feiras de livros serão promovidas no Centro de Interpretação em todas as datas comemorativas.
“Instituto de Pesquisa tem exposição permanente no Centro de Interpretação e garante a realização de exposições alusivas a todas as datas históricas da Luta de Libertação Nacional. Brevemente, vai arrancar uma exposição alusiva ao dia 25 de Junho, ao mês da Independência Nacional”, anunciou o Director-Geral.   
Este ano celebram-se os 50 da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), que nasceu da transformação do Destacamento Feminino da Frente de Libertação de Moçambique, com objectivo de valorizar o papel da mulher que participou na frente de batalha, no transporte de material de guerra, na produção de alimentos, no cuidado dos feridos e órfãos, entre outras actividades de cariz social.
A luta pela libertação de Moçambique decorreu entre 25 de Setembro de 1964 e terminou a 7 de Setembro de 1975. Em breve estará patente, no mesmo local, a exposição alusiva as celebrações dos 48 anos da Independência Nacional, que se celebra no dia 25 de Junho de 1975.